MS registra quase três mortes diárias por Síndrome Respiratória Aguda Grave

Ao todo, foram notificadas 5.176 ocorrências de SRAG em 2025

| GENIFFER VALERIANO / CAMPO GRANDE NEWS


Sala de vacinação contra a gripe, na unidade de saúde 26 de Agosto (Foto: Henrique Kawaminami)

Mato Grosso do Sul registra média de 2,7 mortes diárias por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) desde janeiro de 2025. Até 7 de junho, foram confirmados 434 óbitos e 5.176 casos da doença, sendo 946 confirmados para influenza. Campo Grande concentra 34,9% das ocorrências. O vírus sincicial respiratório é o principal causador da SRAG, com 1.333 casos. A influenza causou 159 mortes, superando recordes anteriores. Crianças menores de 9 anos são as mais afetadas, enquanto a maior taxa de mortalidade ocorre em idosos acima de 80 anos. O estado apresenta 46,17% de cobertura vacinal contra influenza.

Ao todo, foram notificadas 5.176 ocorrências de SRAG em 2025, dessas 946 foram confirmados para influenza. Campo Grande concentra 34,9% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, o que representa pouco mais de 1,8 mil notificações.

No ranking dos municípios com mais registros após a Capital, estão Corumbá, Dourados, Ponta Porã, Três Lagoas, Chapadão do Sul, Naviraí e Miranda, com percentuais que variam de 7,8% a 2,1%.

Segundo o boletim, o perfil das pessoas com casos notificados é composto em sua maioria por crianças menores de 1 ano (25,93%) e entre 1 a 9 anos (25,17%), além de idosos entre 60 a 69 anos (10,03%) e de 70 a 79 anos (10,16%).

Já a maior taxa de mortalidade é observada entre pessoas com idades entre 80 e 123 anos, com 28,34% dos óbitos. Em seguida estão os idosos entre 60 e 79 anos e adultos entre 40 e 59 anos. Crianças, jovens e adultos de 10 a 39 anos registram os menores índices de morte.

Entre os vírus identificados como causadores da SRAG, o sincicial respiratório lidera com 1.333 ocorrências. Na sequência aparecem o rinovírus, influenza A H1N1 e influenza A não subtipada, que somam 1.682 casos juntos.

A influenza foi responsável por 159 das mortes registradas neste ano. Somente nesta semana, foram confirmadas seis novas vítimas do vírus, com idades entre 56 e 74 anos. Apenas um dos pacientes não possuía comorbidades.

Com os dados de 2025, divulgados pela SES (Secretaria Estadual de Saúde) o Estado superou o número de mortes por influenza registrado em anos anteriores. Até então, o maior índice havia sido em 2022, com 120 óbitos.

Atualmente, a cobertura vacinal contra influenza em Mato Grosso do Sul é de 46,17%, acima da média nacional. O índice coloca o Estado na segunda colocação do ranking de imunização no país, ficando abaixo somente do Piauí.



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